América Proibida

Publicado em 14/05/2015
 
CLASSIFICAÇÃO DA AUTORA
 
★ ★ ★ ★ ★ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆
 
Dirigido por Tony Kaye, América Proibida desenrola-se em torno de uma família americana, e é narrado pela voz de Danny (Edward Furlong) que idolatra o seu irmão Dereck (Edward Norton), que acaba preso por cometer um crime em nome do racismo. Dereck era um skinhead repleto de ódio por qualquer pessoa de outra raça, que segundo ele “milhares desses parasitas atravessam a fronteira, como se saíssem de uma piñata… perdemos a nossa liberdade, para que um bando de estrangeiros possa vir explorar o nosso país.”
 
No entanto, o tempo que passou na prisão ensinou-lhe diferentes ideologias e valores, acabando por se redimir de toda aquela obsessão pelo nazismo. Agora, fora da prisão e como um homem mudado, o seu objectivo é evitar que o seu irmão mais novo repita os seus erros e se torne também num extremista racista.
 
O filme consegue apresentar uma visão muito própria e única sobre esta temática, sem que haja a necessidade de representar estereótipos. Nota-se que o lado mais moral e mais “lição de vida” está muito presente e, de certo modo, é bem conseguido mas deixa um pouco a desejar. Especialmente depois de Dereck ter saído da prisão com uma ideologia completamente diferente daquela com que entrou, quase como se se tivesse transformado num novo homem. É nessa altura que o espectador se pergunta “O que terá acontecido dentro da prisão para ele ter mudado tanto?”, “O que leva o Boss dos Skinheads a abandonar tudo aquilo em que acreditava?”.
 
E a resposta a estas perguntas é um tanto desapontante, porque a verdade é que o que lhe aconteceu na prisão não parece ser motivo suficiente para Dereck fazer esta mudança radical de crenças.
 
No entanto percebe-se a mensagem que o filme quer transmitir, especialmente no que diz respeito ao extremismo da América e às consequências do racismo.
 
SPOILER (clicar para ver):
 
 
O estilo narrativo adoptado, em América Proibida, é também acompanhado de flashbacks a preto e branco, que ajudam a perceber quando a cena se passa no passado. Uma vez que o momento presente do filme é sempre a cores.
 
Um outro aspecto interessante é mostrar-nos uma perspectiva diferente, em que o espectador se coloca no lugar de quem persegue e não de quem é perseguido.
 
Quanto ao elenco, brilhante actuação de Edward Norton! O personagem Dereck ganha um realismo e credibilidade em todos os aspectos, do início ao fim. Assim como Edward Furlong, que transporta consigo uma carga dramática muito forte.
 
Um bom filme de 1998, bem à moda americana, com tudo a que um filme americano tem direito. Considerado um dos melhores filmes da década de 90, recebeu imensas críticas positivas e foi nomeado para dois óscares da Academia.
 
CENAS FAVORITAS
Cena em que Dereck é preso.
Cena no duche da prisão.
 
 
Veja aqui o Traier:
 

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