Ex-Drummer

Publicado em 17/03/2015
 
CLASSIFICAÇÃO DA AUTORA
 
★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ☆ ☆ ☆

 
Baseado na obra do polémico escritor e poeta belga Herman Brusselmans, Ex Drummer tem algo de confuso, e analisa de uma forma sórdida uma Bélgica ignorante e algo retardada. 
 
Dries é um famoso escritor que vive uma vida de luxo, passa o tempo a escrever livros e a ter aventuras sexuais a três com a sua mulher. Até que, um dia, três deficientes lhe batem à porta e convidando-no para fazer parte da sua banda. Uma banda onde, segundo estes três, só são permitidas pessoas com algum tipo de deficiência. O famoso escritor, Dries, decide aceitar! E assim se começa a desenrolar o magnifico: Ex drummer.
 
Compondo esta banda de deficientes estão: Koen, o vocalista, uma espécie de skin head, muito estranho e completamente obcecado por sexo, tanto que passa o tempo a violar mulheres. Jan, o baixista gay, com um estranho problema no braço (sempre esticado) por ter sido, um dia, apanhado, pela mãe, a masturbar-se. Ivan, o guitarrista, com uma surdez psicológica, apesar de parecer o mais normal da banda é viciado em drogas e trata a mulher (também drogada) e filha como se não existissem.
 
Qual é, então, a deficiência de Dries? Não saber tocar bateria.
 
A ideia do famoso escritor é tentar entrar  na vida destes três estranhos personagens e viver por um pouco um mundo de insanidade, para que ganhe inspiração na sua próxima obra.
 
SPOILER (Clicar para ver):
 
 
Do director Koen Mortier, o filme está excelentemente bem feito! Excelente qualidade, boas cenas, óptima edição e grupo de actores excepcionais. Todas as cenas funcionam na perfeição, sem que se torne confuso o facto de haver cenas invertidas (de trás para a frente) ou até mesmo a casa de Koen estar invertida (tecto e chão).
Muita loucura, deficiências, traumas, sujidade, cenas de sexo explícito, violência, drogas, álcool e até algum sangue… muito para digerir.
 
Ex-drummer retrata a miséria humana, sem falsidade. Mostra-nos especialmente que o mundo é ao contrário mesmo, deve existir um lado todo desconcertado para poder existir um outro onde tudo bate certo.
 
Entra, obviamente, na categoria  “OsTais”, pois é um dos tais que ninguém gosta! Falado em belga, com actores sem um lugar em Hollywood, o filme contém, no entanto (e como já é de esperar dos filmes deste género) uma banda sonora incrível, com especial atenção à música “Blow” dos Ghinzu, que entra nos últimos minutos do filme, brilhante cena, onde nos apercebemos do verdadeiro valor dos nossos actos, ou da sua insignificância.
 
 
CENAS FAVORITAS
Dries é convidado a conhecer o interior da vagina dum personagem feminino, algo perturbador, mas interessante  a "hipérbole" feita.
 
 
 
Cena final, onde o veterano de guerra, pai de Jan, é libertado e mata... muita gente. Toca durante toda a cena a música "Blow".
 
 
 
Veja aqui o Trailer:

 

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Intrigante

Catarina 24-03-2015
Gosto desse tipo de filmes, assim estranhos mas com boas críticas e que nos colocam num mundo bem diferente... Parece-me que vou ver!

Excelente filme!

Anónimo 24-03-2015
Vi o filme há uns dias, e achei-o estranho mesmo.. Excelente critica!

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