Publicado em 18/04/2015
CLASSIFICAÇÃO DA AUTORA
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Traduzido em português para As vantagens de ser invisível, o filme conta a história de Charlie (Logan Lerman), um rapaz com alguns traumas e problemas existenciais, que se sente desenquadrado do mundo, é o típico loser dos filmes americanos que mostram a realidade da high school, e que, para piorar, vai iniciar o seu primeiro ano no secundário.
Charlie está ainda a encarar um mau bocado, devido ao recente suicídio do seu melhor amigo e de lembranças da morte da sua tia num acidente. Mas apesar da sua dificuldade em fazer novos amigos, ele acaba por conhecer Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), dois meio-irmãos, que se tornam seus amigos e acabam por mudar o seu mundo.
Além de conhecer estes dois, Charlie descobre também um novo grupo de pessoas e seus novos amigos, onde se consegue finalmente inserir. É quase como se Charlie tivesse descoberto os losers populares do secundário: os invisíveis! Que, na verdade, são tudo menos losers, muito pelo contrário! Vão a festas, divertem-se, convivem, aproveitam e vivem! Vivem intensamente, mas à sua própria maneira, sem precisar de ser aceites pelos populares. Cada um com a sua particularidade, este grupo de invisíveis não tem as meninas ricas e bonitas que fazem parte das Cheerleaders, nem os mauzões do soccer football; tem sim personalidades especiais e individuais, desde gays, a punks budistas, a meninas ricas que roubam calças, entre outros. O grupo de wallflowers é constituído por pessoas incríveis e no meio deles Charlie acaba por descobrir o verdadeiro valor da amizade.
É o típico filme americano? É sim, completamente e 100%, mas é também algo mais que isso. Não se trata só de representar a realidade da high school, que se divide em popular kids e em losers. Além disso, sem iPhones nem iMacs, o filme é vivido ainda no tempo das cassetes, o que lhe dá um toquezinho vintage muito interessante.
As duas cenas no túnel, com a música “Heroes” de David Bowie, está assim algo de estrondosamente espectacular! Porque naquele momento Charlie sente-se verdadeiramente infinito, é difícil não se emocionar com estas duas cenas.
Toda a banda sonora escolhida para o filme merece aplausos, pois é toda uma colecção de clássicos dos anos 70, 80 e 90: New Order, L7, Cocteau Twins, Sonic Youth, The Smiths e David Bowie.
Magnifica interpretação de todos os actores sem excepção, mas com particular notoriedade a Ezra Miller, que interpretou o gay Patrick de uma maneira super à vontade.
Dirigido por Stephen Chbosky, As Vantagens de Ser Invisível termina com um desfecho duro e surpreendente, mas que faz uma ligação entre o espírito das personagens e que acaba por justificar muitas das atitudes de Charlie, o que torna tudo muito mais claro.
Classificado dentro do género Drama-Romance, entra na minha categoria de “Os outros”, pois é o tipo de filme que bem podia passar num sábado à tarde para toda a família, sem cenas explícitas e sem necessidade de “esconder” palavrões ou quaisquer outros detalhes.
Foi até hoje o único filme que conseguiu superar a terrível, constante e inevitável representação das escolas secundárias nos EUA, em que vemos sempre a mesma coisa: populares VS losers, e são sempre retratados temas como Bullying, homossexualidade, maus-tratos, suicídio, etc.
The Perks of being a Wallflower tem tudo isso sim! Mas é representado de uma maneira especial, e vai além daquilo que se espera inicialmente. É bem mais intenso do que qualquer outro filme sobre American High Schools.
CENAS FAVORITAS
Primeira cena do Túnel, com Sam. Toca durante toda a cena "Heros" de David Bowie.
Uma das peças de "teatro musical" do grupo dos invisiveis.
Veja aqui o Trailer: